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Enoturismo: viagem para o Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha

12 de julho de 2018 por João Junqueira Sem comentários

A região da Serra Gaúcha fica no Nordeste do estado do Rio Grande do Sul e é a principal área montanhosa em um estado predominantemente plano. Algumas das principais cidades da região são Caxias do Sul, Farroupilha, Garibaldi, Bento Gonçalves e Gramado.

Dentro da Serra Gaúcha temos o Vale dos Vinhedos, região determinada pelo triângulo formado pelas cidades de Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul e Garibaldi. O Vale é uma das principais regiões produtoras de vinho do Brasil e os vinhos de lá apresentam o selo de Indicação de Procedência (desde 2002) e o de Denominação de Origem (desde 2011). Esses selos basicamente garantem a qualidade e procedência da produção local. O terroir da região é especialmente bom para a produção de espumantes e vinhos brancos, porém provei alguns tintos que são muito interessantes também.

Vinhedos do Hotel Spá do Vinho, Serra Gaúcha | Cozinha do João 
(Uma pausa para esta vista de tirar o fôlego! É parte da parreiras da vinícola do Hotel & Spá do Vinho — mas sobre ele em breve)

O Vale dos Vinhos fica a 130km de Porto Alegre, e o ideal é pegar um vôo até lá, então alugar um carro e se dirigir para a região do Vale, em uma viagem que leva de 1h30 a 2hs.

Quanto à hospedagem, a região tem diversos hotéis bacanas, mas eu particularmente indico o Hotel & Spa do Vinho, que é operado pela rede Marriott e fica a alguns quilômetros de Bento Gonçalves, no coração do Vale — o que é muito bom, pois fica do lado das diversas vinícolas e restaurantes. O programa é conhecer uma vinícola pela manhã, fazer uma degustação dos vinhos de lá e então almoçar. Pela tarde, mais um ou duas vinícolas menores, também com degustações. Se animar, faça uma massagem no spa do hotel ou então uma degustação de queijos e vinhos na varanda com uma magnífica vista das vinícolas e do pôr do sol. E para jantar, indico o restaurante do próprio hotel. Bem estressante essa vida, né? Rs

O bacana é levar para sua casa os vinhos preferidos das degustações. Hoje em dia existem algumas malas bacanas para se levar vinhos no avião. Dois exemplos são a Vin Garde Valise e a Wine Bags. Mas se não quiser ter o trabalho, a maioria das vinícolas entrega os vinhos em sua casa. Descobri uma loja bacana em Gramado que também entrega os vinhos para outros estados do país, a Vinha Gramado, e o mais bacana é que ela possui vinhos da maioria das vinícolas da região. #ficaadica

Então, sem mais demoras, vamos às dicas para uma visita muito bem sucedida à região!

Visita à vinícola da Casa Valduga
Vindo do norte da Itália, a família desembarcou no Brasil em 1875. Foram eles que cultivaram os primeiros parreirais de onde hoje é o Vale dos Vinhedos. Atualmente a Casa Valduga é conhecida como uma das vinícolas de maior qualidade e expressão do Brasil. A visita é uma das mais completas que se pode achar por lá, eles contam desde a história da família, que é muito bonita (não foi fácil começar essa mega empresa que eles têm hoje em dia) até a produção de cada tipo de vinho. É tudo bem explicadinho e você sai de lá entendendo muito melhor esse fascinante mundo dos vinhos. Durante o passeio, existem algumas paradas para se degustar os vinhos, sempre com uma boa explicação das características de cada vinho dada pelo guia, que super entende do que está falando. Faça o tour antes do almoço, para poder aproveitar o rodízio de massas do restaurante Maria Valduga, que fica dentro da vinícola. É uma delícia! Outra opção de hospedagem é a própria Casa Valduga, que dispões de alguns chalés, chamados de pousadas por eles. Veja abaixo algumas fotos do passeio.

Serra Gaúcha, Casa Valduga | Cozinha do João

Serra Gaúcha, Casa Valduga | Cozinha do João

Serra Gaúcha, Casa Valduga | Cozinha do João

Serra Gaúcha, Casa Valduga | Cozinha do João

Serra Gaúcha, Casa Valduga | Cozinha do João

Serra Gaúcha, Casa Valduga | Cozinha do João

Serra Gaúcha, Casa Valduga | Cozinha do João
Esta acima é a cave dos espumantes, onde eles ficam fermentando na garrafa. A Casa Valduga apenas produz espumante pelo método champenoise, seguindo a tradição da região de Champagne, na França.

Pausa para um pequena história da viúva Clicquot!
Esse história foi contada pela nossa guia da visita e achei interessante dividir com vocês. Na verdade, ela faz parte do livro A Viúva Clicquot, de Tilar J. Mazzeo. Aos 27 anos, Barbe-Nicole Clicquot Ponsardin perdeu o marido, François, e assim assumiu a vinícola da família. Graças a uma técnica inventada por ela, que não gostava de tomar champagne turva, como era de costume na época, a champagne hoje em dia é cristalina. Fun fact!

Espumante Maria Valduga | Cozinha do João
O espumante Maria Valduga é o carro chefe da casa, seu vinho espumante de excelência que leva o nome da matriarca da casa, que era conhecida pelo seu excelente paladar. Inclusive dizem que ela era que fazia a prova final dos vinhos. Fun fact dois!

Vinho Luiz Valduga, Corte 1 | Cozinha do João
Já o tinto de excelência da casa é o Luiz Valduga, nomeado atrás do patriarca da família. Segundo eles próprios, esse é “o vinho mais expressivo da história da vinícola, elaborado a partir de safras e varietais secretos, em edições limitadas”.

Hotel & Spa do Vinho
O Hotel & Spa do Vinho é operado pela Marriott, o que garante um excelente serviço. Além de estar situado em uma região linda, o hotel conta com café da manhã, dois restaurantes para almoço e jantar, serviço de spa completo, uma piscina externa, academia, sala de ginástica e até uma charutaria com vista panorâmica da região. Indico uma uma massagem no spa, seguida de uma deliciosa sauna e depois, degustação de queijos e vinhos na varanda, com uma deslumbrante vista do pôr do sol. O hotel é o lugar perfeito para uma estadia relaxante para você recarregar sua bateria. Veja algumas fotos abaixo.

Hotel Spá do Vinho, Serra Gaúcha | Cozinha do João
Simpática fonte na entrada hotel (acima).

Hotel Spá do Vinho, Serra Gaúcha | Cozinha do João
O caminho de entrada, acima, é lindo também, não? Você se sente na Toscana!

Hotel Spá do Vinho, Serra Gaúcha | Cozinha do João
Tomar um espumante na piscina externa é tudo de bom!

Vinhedos do Hotel Spá do Vinho, Serra Gaúcha | Cozinha do João
O hotel tem uma produção de vinho própria. As videiras deste lado da rua são do hotel. Já as do outro lado, são da vinícola Miolo.

Outras vinícolas
Além da Casa Valduga e a Miolo, o Vale dos Vinhedos tem inúmeras outras vinícolas para se visitar, entre elas temos a Lidio Carraro, a Angheben Vinhos Finos, a Vallontano Vinhos Nobres, a Don Laurindo, entro muitas outras. Algumas que valem destaque são a Pizzato, que é muito conhecida pelo seu Merlot (O Merlot Reserva deles é uma delícia), a Almaúnica, que foi aberta em 2008 pelos irmãos Magda e Márcio Brandelli, que após trabalharem um tempo na vinícola de sua família, Don Laurindo, resolveram criar sua marca própria. A Cave de Pedra (fotos abaixo), que faz parte do Grupo Valduga, tem sua produção bem em menor escala. Gostei muito dos vinhos tintos reserva deles, que passam por barrica. Indico o Adaga Sangiovese. E para finalizar, a vinícola Luiz Argenta, que é conhecida pelas formas peculiares de suas garrafas.

Vinícola Casa de Pedra, Serra Gaúcha | Cozinha do João

Vinícola Casa de Pedra, Serra Gaúcha | Cozinha do João

Outras vinícolas um pouco mais longe são a Salton, uma das maiores do país, a Cave Geisse, que fica em Pinto Bandeira e produz excelentes espumantes (se tiver um tempo extra, recomendo ela). Outra boa produtora de espumantes é a Casa Perini, que fica em Farroupilha.

Outras dicas!
A Casa Madeira, outra empresa Valduga, vende produtos derivados do vinho, entre outras comidinhas e temperos gourmet. Vale dar um pulo lá, fazer umas comprinhas e ainda aproveitar o almoço. Outra empresa Valduga é a Cervejaria Leopoldina, que tem um beer garden chamado Leopoldina Jardim. É super gostoso, fica ao ar livre e serve as cervejas da casa com quitutes para petiscar. Indico a Leopoldina IPA, uma IPA deliciosa (atualmente virou minha nova fixação!). O Caminhos de Pedra é um percurso um pouco além de Bento Gonçalves que é repleto de restaurantes e lojas de produtos locais. Vale a visita também.

Gramado
Gramado fica a 120 quilomêtros do Vale dos Vinhedos, uma viagem de um pouco mais de 2hs de carro. A cidade é um charme, super gostosa para dar uma volta a pé e tem uma gastronomia bem ativa. Veja abaixo algumas fotos da cidade.

Lago Joaquina Rita Bier, Gramado | Cozinha do João
Um charme o Lago Joaquina Rita Bier (acima).

Lago Negro, Gramado | Cozinha do João
Já o Lago Negro (acima) é bem maior e tem pedalinhos para se dar uma volta.

Gramado, Serra Gaúcha | Cozinha do João

Gramado, Serra Gaúcha | Cozinha do João
As ruas são um charme! Eles tem até a sua versão da Lombard Street, que originalmente fica em São Francisco.

Canela e seu turismo de aventura
Canela é uma cidade que fica a 20 minutos de Gramado e é super pequena. Leva aepnas uma manhã da para conhecê-la inteira. Na região temos o Parque do Caracol e o Parque da Ferradura que são um sucesso. Se você gosta de uma boa trilha e vistas de tirar o fôlego, não perca!

Parque da Ferradura, Canela | Cozinha do João

Parque do Caracol, Canela | Cozinha do João
Duas fotos acima são da Cascata do Caracol. Um deslumbre.

Sobre a produção de vinhos brasileiros
Antes dessa viagem, não conhecia muito os vinhos tupiniquins, mas depois dela, posso dizer algumas coisas com mais propriedades. Nossa viticultura, que ainda nem chegou a completar os 20 anos de vida, está se expandindo cada vez mais rapidamente. E temos vinhos de qualidade, sim! Porém, acredito que dois fatores são os principais para a venda deles não deslancharem aqui no país. Primeiro, eles são muito caros em relação aos vinhos importados. Isso se deve por dois fatores: impostos extremamente altos — aqui, diferente da Europa, Estados Unidos e até mesmo outros países produtores de vinho da América Latina, o vinho é taxado como bem de consumo e não como comida, o que eleva o imposto para valores que chegam perto dos 50% — já a taxação dos alimentos é muito menor, não passando dos 10%. Devido a esse  fator, o vinho brasileiro chega caro às prateleiras, o que faz o consumo deles seja baixo. E aí está o segundo fator para o preço ser caro: como a demanda é pequena, a produção também é, o que inviabiliza a produção em grande escala — o que faz os preços baixarem. É a leia da oferta e da procura. Portanto, Governo Brasileiro, vamos baixar essas taxas aí e apoiar a produção nacional?

Outro fator para não tomarmos muito o vinho brasileiro aqui é que poucas vinícolas do Sul do país — onde ocorre a maior parte de produção de vinhos do país — têm seus vinhos distribuídos em cidades grandes do Sudeste, Centro Oeste e Nordeste do país. O vinho da Serra Gaúcha acaba mais sendo consumido nos estados do Sul. Algumas marcas grandes como a Casa Valduga, Miolo, Salton e Pizzato até são vendidas país a fora, mas as pequenas vinícolas, que produzem vinhos muito bons e até algumas vezes de preço mais acessíveis, acabam não chegando muito além da Serra Gaúcha.

Portante esse é um breve panorama sobre os vinhos nacionais e o mais legal é que depois dessa viagem, fiquei muito mais animado para experimentar nossos vinhos. Em todo mercado ou restaurante onde acho garrafas tupiniquins, eu mando bala! Espero que esse post te dê vontade de prová-los também. Saúde!

Categoria(s): Cervejas & Vinhos, Destaque!, Viagem Tags: Almaúnica, Angheben, Bento Gonçalves, Canela, Casa Valduga, Don Laurindo, enoturismo, Gramado, Hotel & Spá do Vinho, imposto, Lidio Carraro, Luiz Argenta, Luiz Valduga, Maria Valduga, Marriott, Miolo, Parque da Ferradura, Parque do Caracol, Pizzato, Rio Grande do Sul, Serra Gaúcha, Vale dos Vinhedos, Vallontano, vinho, vinícola

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